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Preparativos

Antecipando aquele fim-de-semana, preparado com dois meses de antecedência, Carolina sentia-se como uma noiva a escolher o destino da lua-de-mel. Há anos que sonhava com Paris. Mas Paris não é uma cidade para se conhecer sozinha. Nem mesmo quando se tem 25 anos e o mundo todo no olhar. Sobretudo, quando se tem 25 anos. Porque, nessa idade, Paris é sinónimo de amor e de romance. Sim, agora era o momento. Estava apaixonada pelo Jorge. Era, pois, a altura de partir. (c) Dulce Dias - Um café em Paris

Cister (II)

Perguntava, a si próprio, se alguma vez teria coragem de sair com uma pessoa assim vestida, quando foi surpreendido por uma voz melodiosa mas com personalidade: - Desculpe. Tem lume? Foi assim que estabeleceram contacto. Jorge acendeu-lhe o cigarro. E viu, então, que ambos tinham comprado o mesmo jornal e que estavam abertos na mesma página. (c) Dulce Dias - Um café em Paris PS: Prometi à Sílvia pu blog ar um pouco mais do conto, já que ela ficou "desconsolada" por ele acabar tão abruptamente...

Cister

Ele entrou na pastelaria com o à-vontade de quem se sente em casa. Tratou o empregado pelo nome, desejou-lhe os bons-dias e pediu "o costume". Afinal, desde que fora morar para o Príncipe Real, há uns seis meses, que se habituara a ir à Cister tomar o pequeno-almoço. Um copo de leite, um pão-de-leite simples e, para terminar, um café cheio. "O costume". Mas, naquela manhã de Agosto, em vez de dar uma vista de olhos pelo jornal ao balcão, enquanto deglutia o pequeno-almoço, Jorge foi sentar-se. Na mesa ao lado da de Carolina e dos seus coruscantes olhos negros. (c) Dulce Dias - Um café em Paris PS: Este é um excerto de um conto que estou a (tentar) escrever... Acham que continue??